Quilombo
Em terras de dor e valentia, No coração da mata fechada, Ergue-se o quilombo, berço de esperança, Refúgio de almas libertadas.
Histórias de luta e resistência, Cantos de um povo destemido, Nos troncos e folhas da floresta, Segredos de um sonho renascido.
Zumbis e Dandaras, heróis da memória, Guardam as trilhas do tempo, Seus passos ecoam na história, Num clamor por justiça e alento.
Ali, o suor se transforma em liberdade, A força se une em união, No quilombo, o amor pela vida, Vence a sombra da opressão.
Ventre materno de novas culturas, Mistura de crenças, saberes e fé, Cada gesto é um grito por dignidade, Cada olhar, um pedido de pé.
Quilombo, símbolo de resistência, Farol na escuridão da injustiça, Nos ensina que a luta persiste, E a esperança jamais se avilta.
De gerações que seguem firmes, Na senda de um futuro iluminado, O quilombo vive em cada canto, No coração de um povo inspirado.
Quilombo, raiz que não se quebra, Força que o tempo não apaga, És a chama que nunca se encerra, E a liberdade que sempre propaga.
(Kaio Germano, poema exclusivo da obra).