Objetivo: O objetivo do presente estudo é esclarecer para estudantes e profissionais de saúde a respeito da aplicação da terapia nutricional para o manejo de pacientes com pancreatite aguda. Metodologia: Foi realizada uma busca de artigos publicados no PubMed e BVS, utilizando descritores “Nutrition Therapy”, “Pancreatitis”, combinados pelo conector AND, conforme as diretrizes preconizadas pelo PRISMA. Como critérios de inclusão considerou-se os estudos originais, com acesso livre, que apresentaram os descritores e escritos em inglês, português ou espanhol, sendo incluídos aqueles publicados no período de 2018 a 2023. Assim, 08 artigos preencheram todos os critérios de seleção e foram incluídos para composição da revisão sistemática. Resultados e discussões: A pancreatite aguda (PA) é uma doença desencadeada pela ativação anômala de enzimas pancreáticas e liberação de uma série de mediadores inflamatórios, o diagnóstico obedecerá a parâmetros clínicos, laboratoriais ou de imagem e irá requerer presença de pelo menos 2 de 3 desses critérios. Dentre os pilares do tratamento da PA, tem-se a terapia nutricional, que visa evitar a desnutrição e suas complicações associadas. Outrora contraindicada para pacientes que sentissem dor ou flatulência, a terapia nutricional hodiernamente quando realizada precocemente está associada a melhores resultados e prognóstico ao paciente. Nesse sentido, a nutrição enteral (NE) é opção segura e satisfatória para todos os tipos de pancreatite, sendo preferível a nutrição parenteral (NP) quando introduzida dentro de 48 horas após a entrada no hospital. A NP surgirá como opção quando as vias oral ou enteral estão impossibilitadas para a nutrição ou para pacientes com PA grave e será composta por uma solução de nutrientes simples. Considerações Finais: Em síntese, observa-se que uma reintrodução alimentar precoce via enteral em até 48 horas após a admissão hospitalar associa-se a melhor prognóstico. NP é escolhida mediante impossibilidade de nutrição oral ou enteral e em pacientes graves.