Objetivos: Identificar o perfil epidemiológico das ocorrências de óbitos por agressão com disparo de arma de fogo de mão no Brasil entre 2016 e 2020. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo e transversal, com abordagem quantitativa, baseado em dados oficiais e secundários do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Sistema Único de Saúde (SIM/SUS), referentes às mortes decorrentes de agressão com disparo de arma de fogo de mão nos anos de 2016 a 2020 no Brasil. Resultados e Discussão: No período analisado foram registrados 17.979 casos de óbitos por agressão com disparo de arma de fogo de mão no Brasil. Com ano de 2018 apresentando a maior incidência de casos com 4.364 (24,27%) dos casos totais, apresentando média anual de 3.852 casos e desvio padrão de 669,6269. Em relação às regiões, a região sudeste se destacou apresentando elevado número de casos com 5.556 (30,90%). No que diz respeito ao sexo foi constatado uma maior incidência de óbitos no sexo masculino com 16.777 (93,31%) casos. Diante do resultado exposto, identifica-se que o perfil epidemiológico predominante de óbitos por agressão com disparo de arma de fogo de mão foi de homens pardos solteiros, na faixa etária entre 20 a 29 anos, com destaque na região Sudeste. Considerações finais: A violência armada tem efeitos profundos na saúde pública. A posse e o uso de armas são considerados fatores para a ocorrência de aumento no número de mortes e de ferimentos graves. Possíveis intervenções incluem o fortalecimento do controle e fiscalização da venda de armas de fogo, medidas de conscientização e educação da população sobre a violência armada e suas consequências, além da melhoria da assistência às vítimas.