Objetivo: Na atualidade é alarmante o crescimento de todas as formas de violência, sobretudo a agressão interpessoal, no qual a violência doméstica (VD) configura-se como um tipo. A alta prevalência de traumatismos bucomaxilofaciais em decorrência de VD está intimamente associada ao fato da face ser mais suscetível às agressões, e também por se tratar de uma região com grande valor estético. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é realizar uma revisão de literatura sobre o trauma bucomaxilofacial como indicador de violência doméstica contra a mulher, bem como identificar e conceituar a violência doméstica, analisar os traumas bucomaxilofaciais mais corriqueiros nas agressões conjugais, destacar a atuação do Cirurgião-Dentista e seus efetivos deveres diante da lei nas interpelações odontológicas perante casos de violência de gênero, e facilitar o entendimento sobre o tema visando o combate à violência contra a mulher. Metodologia: O estudo aborda uma revisão de literatura, desenvolvida por meio de fontes indexadas nas bases de dados do SCIELO, LILACS via Biblioteca virtual em saúde (BVS) e MEDLINE via Pubmed, com o recorte temporal entre os anos de 2012 a 2022, nos idiomas Português e Inglês. Resultados e Discussão: Sendo assim, observou-se que a violência perpetrada contra as mulheres tem raízes profundas que estão situadas ao longo da história, representando atualmente um desafio para a saúde pública. Tendo como consequências mais marcantes, lesões específicas na região do complexo bucomaxilofacial, que tem como o tipo de trauma mais prevalente as injúrias em tecidos moles na face, seguido por fraturas simples e, por último, trauma dentoalveolar. Considerações Finais: Os cirurgiões-dentistas possuem papel fundamental no atendimento e acolhimento dessas vítimas, devendo estar aptos para detectar alterações que levem a identificação de violência, visando à prevenção da VD e buscando medidas a longo prazo.