Objetivo: O estudo tem como finalidade demonstrar a associação entre o uso de anticoncepcionais hormonais e os crescentes episódios de AVCs, principalmente, em mulheres jovens. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura na modalidade integrativa, a partir da análise de 194 resumos disponíveis nas bases de dados PUBMED, LILACS, BVS, SCIELO e Google Acadêmico, dos quais foram selecionados 30 artigos. Os critérios de inclusão foram artigos publicados entre o período de 2003-2023, os tipos de estudos (estudos quantitativos ou qualitativos) e os idiomas (português, inglês e espanhol). Foram excluídas as produções que não responderam à questão norteadora. Resultados e Discussão: O AVC pode ser ocasionado por diversas patologias, além de possuir inúmeros fatores de risco. Dentre eles, estão: idade, sexo, etnia, genética e/ou condições cardíacas e/ou vasculares, doenças infecciosas, diabetes mellitus, obesidade, sedentarismo, etilismo, tabagismo e uso de substâncias químicas. Analisando-se números absolutos, constata-se que as mulheres representam 6 em cada 10 casos desses eventos, tanto isquêmicos, quanto hemorrágicos, apresentando, assim, um risco mais elevado para ocorrência do evento. O uso de anticoncepcionais orais combinados (COCs) é intrinsicamente relacionado à tendência de eventos tromboembólicos e infarto agudo do miocárdio, especialmente em mulheres férteis, portadoras dos aspectos predisponentes supracitados. Fato esse que também ajudam a explicar a maior incidência de eventos vasculares encefálicos em mulheres jovens, quando comparado aos homens na mesma faixa etária. Considerações Finais: Conclui-se que os principais fatores que aumentam o risco de AVC quando associados ao uso dos COCs são: a hipertensão arterial sistêmica, a hiperlipidemia, a obesidade, o tabagismo e a migrânea com aura. Diante disso, faz-se necessária a prevenção de fatores de risco modificáveis; a abordagem inicial do evento agudo; a reperfusão tecidual da área afetada; e a reabilitação de possíveis déficits cognitivos ou funcionais, enquanto condutas indispensáveis no manejo do AVC.