A Angina de Ludwig (AL) se trata de uma Infecção Cervical Profunda (ICP) de progresso rápido e poli microbiano, onde a flora da cavidade bucal é altamente envolvida e sua propagação se dá através do sinergismo dos Microrganismos (MO) aeróbicos e anaeróbicos. A AL envolve os espaços submandibular bilateral, sublingual bilateral, submentoniano, sendo sua etiologia evolui em cerca de 80% dos casos de infecções odontogênicas, que podem ser resultantes de segundos ou terceiros molares. Algumas condições sistêmicas comumente encontradas em pacientes com AL merecem maior atenção durante o tratamento da AL, visto que esses pacientes são mais propensos a complicações, devido ao rápido avanço da doença. Dessa maneira, o objetivo deste trabalho consiste em descrever as principais complicações decorrentes da evolução da Angina de Ludwig. Para realizar o presente estudo buscou-se artigos nos idiomas português, inglês e espanhol do período de 2017 a dezembro de 2022 nas bases de dados da SCIELO, BVS, MedLine via BVS, PubMed, LILACS via BVS, utilizando os descritores: “Mediastinite”, “ Ludwig’s Angina”, “Infecção Focal Dentária”, “Obstrução das Vias Respiratórias” e “Fasciite Necrosante”. Um tratamento tardio da AL, traz complicações como a Mediastinite, a Fasceíte Necrosante cervico-facial, choque séptico, obstrução e/ou infecção das vias aéreas, pneumonia, empiema pleural, pericardite, trombose da veia jugular, coagulação intravascular disseminada, trombose do seio dural e sepse, podendo levar o paciente a óbito. A demora no diagnóstico ou o manejo inadequado do tratamento podem desencadear complicações sistêmicas, sequelas irreversíveis, potencialmente fatais como a fasceíte necrosante, mediastinite aguda ou mediastinite descendente necrosante. Sendo assim, cabe ao Cirurgião Bucomaxilofacial ter o conhecimento acerca dessa patologia a fim de prevenir a evolução das complicações inerentes a AL, principalmente quando se trata de pacientes com alterações sistêmicas e hábitos deletérios.