Objetivo: Esse trabalho trata-se de uma revisão integrativa de literatura que objetivou descrever os fatores associados com a alta prevalência de transtornos psiquiátricos na população transgênero e como o preconceito social influência nessa problemática. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica por meio da análise de publicações com intervalo temporal de 2019 a 2022, utilizando bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Google Acadêmico (Google Scholar) e Descritores em Ciência da Saúde (DECS) como “Pessoas Transgênero”; “Saúde Mental”; “Transexuais”; “Transtornos Mentais”; “Transtornos Psiquiátricos”. Resultados e discussão: Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), saúde mental é um estado de bem estar, não relacionando-se apenas a ausência de doenças psiquiátricas. Nesse contexto, a população transgênero está incluída no estresse de minoras, ou seja, minorias sociais que vivem com estressores a mais no cotidiano, os tornando mais suscetíveis a transtornos mentais como depressão e ansiedade. Logo, a discriminação contra pessoas trans torna-se importante na análise da saúde mental desses indivíduos, bem como para a relação de transtornos mentais, como a depressão e ansiedade, com o alto índice de preconceito sofrido. Assim, além dos estressores cotidianos que a maioria das pessoas sofre, os transgêneros carregam consigo o estigma de não se verem com cis, sofrendo com um alto índice de discriminação, violência e rejeição relacionados a como expressam a sua identidade de gênero. Considerações finais: Dessa forma, a população transgênero, por ser uma minoria marginalizada e alvo de diversos preconceitos, estão sujeitas a apresentar sentimentos e sensações como medo, ansiedade, depressão e pânico, de forma intensa, onde muitos desencadearam problemas psicológicos que repercutiram em todas as áreas e vivências, incluindo a saúde física, diminuindo consideravelmente a qualidade de vida desses indivíduos.