Introdução: A carta de Otawa de 1986 destaca que a equidade é um caminho fundamental para a saúde, de modo que através de ações que promovem saúde as pessoas sejam capacitadas a serem protagonistas em seu processo de saúde e qualidade de vida. Objetivo: Considerando essa premissa o presente trabalho relata a experiência de uma ação que visa a educação em saúde à adolescentes privados de liberdade na Fundação de Atendimento Socioeducativo (FASE) durante a pandemia de COVID19. Metodologia: Este trabalho constitui-se como um relato de experiência baseado na atividade que foi organizada em uma disciplina voltada à saúde coletiva com acadêmicos do terceiro semestre do curso de Odontologia. Resultados e Discussões: A conversa aconteceu de maneira bidirecional, de modo que acadêmicos e socioeducandos explanassem seus conhecimentos e dúvidas, abordou-se temas como a cárie, gengivite, periodontite que são as principais comorbidades que acometem a cavidade bucal. Foi debatido os sisos, infecções sexualmente transmissíveis e uso do aparelho ortodôntico. Além disso, a orientação de higiene bucal por meio da escovação com dentifrício fluoretado e o uso do fio dental foi realizada de forma lúdica com utilização de manequim. Conclusão: Diante dessa atividade, notou-se a importância de educar em saúde socioeducandos, visto que, são uma camada vulnerável da sociedade e quando estes forem reinseridos na comunidade tenham outras perspectivas em relação a saúde bucal e possam também levar este conhecimento às famílias. Somado a isso, o ganho para os acadêmicos foi positivo tendo em vista o acesso a realidades distintas, contribuindo assim para formação de profissionais humanizados, cientes das demandas sociais e dos determinantes sociais em saúde.