Objetivo: Compreender o comportamento antissocial em jovens adolescentes a partir da Teoria das Representações Sociais (RS). Metodologia: Trata-se de um estudo discursivo, lógico-reflexivo baseado na Teoria das Representações Sociais como parâmetro de interpretações sociofilosóficas. Realizou-se um levantamento bibliográfico seguido de uma averiguação qualitativa do material através da Análise de Conteúdo. Foram identificados os atributos e as tratativas discursivas do comportamento estudado, apreciadas a posteriori com base na literatura. Resultados e Discussão: Colocar em análise a importância da transmissão psíquica transgeracional é relevante na compreensão das RS da conduta antissocial de jovens e adolescentes. Para percorrer um caminho dialético, as nuances da psicanálise atentam aos conceitos solidificados e dicotomizados entre os jovens, dando-lhes oportunidades de refletirem sobre suas ações, as reais circunstâncias motivadoras e as implicações geradas. O ciclo violento deve-se, principalmente, às suas origens históricas que se reproduzem socialmente e reverberam conceitos apresentados por grupos com um grande potencial de transmissibilidade e repercussão social. Em uma esfera parental, compreender os aspectos geracionais de repetições pode ser importante para a ruptura desses padrões, de modo que, a normalização, por outro lado, fortalece e perpetua a transmissão dos mesmos. Considerações Finais: A abordagem teórica do comportamento antissocial na adolescência por uma visão reprodutivista, possibilitou refinar os significados sobre as aspirações de continuidade do fenômeno. Tornou-se mais elucidativo por haver neste percurso propositura de intervenção. Efetivar um processo de trabalho no campo da saúde mental voltado às origens da totalidade é revolucionário, pois passa a considerar o fenômeno como histórico, cultural e filosófico pertencente à relação de cada indivíduo com o seu meio social.