O estudo tem como finalidade evidenciar a expressão artística como recurso terapêutico e político no cuidado de usuários de um Centro de Atenção Psicossocial - CAPS II. Tratando-se de um relato de experiência (MUSSI; FLORES; ALMEIDA, 2021) da realização de dois momentos artísticos ocorridos por alunos e profissionais de Psicologia na universidade do Estado de Minas Gerais - UEMG em parceria com o CAPS II. No Brasil ocupar espaços públicos como a universidade é um direito, todavia, é uma informação pouco conhecida, dessa forma cabe a quem já está nesse espaço criar formas de integrar a comunidade, inclusive pessoas com transtornos psiquiátricos, pois vivem à margem da sociedade. Desse modo, levar os pacientes como artistas no campus é a materialização do pertencimento. A intenção era promover um ambiente que todos se expressassem artisticamente sem julgamentos e sem que qualquer diagnóstico de transtorno fosse o foco, mas sim a arte que cada um comunicava e como reverberava em cada participante presente. Assim, a continuidade de novas apresentações culturais dos usuários do serviço na universidade, possibilitam a articulação com outras instituições. Logo, o presente estudo se torna uma ferramenta para que a partir desse movimento, outros eventos e projetos sejam pensados, os quais possam usufruir do potencial da arte, do acesso a diferentes lugares de movimentação e da integração do sujeito com seu território.