Introdução: O Teste de Papanicolau é essencial para o reconhecimento e identificação de alterações no colo do útero e infecções vaginais, como tricomoníase e candidíase, além do câncer propriamente dito, e configura-se, portanto, como um dos principais aliados de médicos, enfermeiros e usuárias da Atenção Primária à Saúde (APS) na detecção de lesões precursoras do CCU, o que aumenta a possibilidade de sucesso no tratamento e minimiza o aparecimento de possíveis complicações. Objetivo: Analisar os resultados do teste de Papanicolau das mulheres profissionais do sexo. Método: Trata-se de um estudo descritivo de base documental, com abordagem quantitativa realizado no Posto de Assistência Primária à Saúde, Cajazeiras, Paraíba. Foram analisados nove resultados do Teste de Papanicolau de Mulheres Profissionais do Sexo com idade média de 33,1 anos, idade média de ínicio da atividade sexual de 15,5 anos e número médio de parceiros semanais de 6,57. Resultados: Os epitélios representados nos resultados dos exames foram escamoso, glandular e metaplásico, e entre os achados microbiológicos se fizeram presentes tanto os da microbiota normal da vagina, quanto resultados sugestivos de infecção com presença de Gardnerella/mobiluncus sp. e Trichomonas vaginalis. Todos os exames deram negativos para neoplasia e seis deles tiveram a presença de inflamação. Conclusão: Dessa forma, percebe-se que todos os resultados encontrados na pesquisa foram considerados normais, ou seja, sem presença de alterações celulares significativas no colo uterino, devendo seguir a rotina de rastreamento normalmente, porém, cabe ressaltar que devido à quantidade mínima de exames, existe a impossibilidade de generalizar os resultados encontrados.