A Reforma Psiquiátrica no Brasil promoveu mudanças para o campo da saúde mental, posto que impulsionou a substituição da hospitalização duradoura de pacientes em sofrimento psíquico pela criação de serviços direcionados ao cuidado integral, com a finalidade de superar a visão biomédica. Sendo assim, um importante profissional que atua nesses novos serviços, é o Agente Comunitário de Saúde (ACS), que atua na Atenção Primária realizando o papel de intermédio entre o serviço e a comunidade. Além disso, ocupa uma posição estratégica no que diz respeito a identificar indivíduos com transtornos mentais, no entanto, o trabalho do ACS sofre algumas limitações. Objetivo: Este estudo tem como objetivo analisar as potencialidades e as limitações no trabalho dos ACS no âmbito da saúde mental na Atenção Primária em Saúde. Metodologia: É um estudo de revisão integrativa da literatura, por meio das bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (Scielo). Foi utilizado os descritores " agentes comunitários de saúde" , " atenção primária" e " saúde mental" localizados nos Descritores em Ciência da Saúde (DeCS), em cruzamento com o booleano AND. Após aplicação dos critérios de elegibilidade foram selecionados 7 artigos. Resultados e discussões: O ACS é um profissional imprescindível no processo de atenção à saúde das pessoas em sofrimento psíquico, uma vez que este possui uma maior proximidade e conhecimento sobre o território e população, promovendo articulação do usuário com o serviço. Considerações finais: Foram identificadas potencialidades do trabalho dos ACS na promoção da saúde mental, como a criação de vínculo com o indivíduo, a família e a comunidade, no qual, por sua vez, ajuda na designação precoce de transtornos mentais. Além disso, as limitações estão na falta de treinamento em saúde mental, o impasse logístico e a falta de compreensão pela comunidade a respeito do papel do ACS.