Objetivo: Realizar um levantamento epidemiológico da morbidade hospitalar por desnutrição infantil nos períodos de 2018 a 2021. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico por meio do levantamento de dados de bases secundárias de uma série temporal, por meio do Sistema de Informações Hospitalares do SUS, disponibilizado através do portal do DATASUS. Foram incluídos os dados de morbidade por desnutrição infantil no Brasil, na faixa etária de 01 a 09 anos, durante o período de 2018 a 2021. Resultados e Discussões: Constatou-se que a região Nordeste, seguida da região Sudeste notificaram os maiores casos de internações infantis por desnutrição, evidenciando 1.973 e 1.636 casos respectivamente. Onde, há propensão ao sexo masculino com 2.948 notificações, e o feminino com 2.828, sendo em sua maioria de raça parda, branca e indígenas, indo em desacordo com o evidenciado na literatura, entretanto, é elucidativo, visto o número de subnotificações nas bases de dados. Em relação à faixa etária, acomete em maioria de 01 a 04 anos, salientando a carência pôndero-estatural, ligado ao déficit alimentar, que propicia infecções consecutivas e deficiências psicomotoras em crianças menores de 60 meses. Em adição, os achados constatam aspectos de influência das discrepâncias sociais e econômicas, que englobam desde as compleições políticas, educacionais, raciais e históricas do país, ratificando sua influência na alimentação e qualidade de vida infantil. Conclusão: Percebe-se que a vulnerabilidade socioeconômica favorece a prevalência de casos de desnutrição infantil, a mesma é considerada um problema de saúde pública relacionada a condições higiênico sanitárias e nível de escolaridade, comum em países emergentes em crianças do sexo masculino. Com isso, é necessário a implementação de políticas públicas que reduzam a Insegurança Alimentar e Nutricional e consequentemente a desnutrição. É cabível ações interdisciplinares e multidisciplinares para manutenção da vida destas crianças.