Objetivo: O presente trabalho tem por objetivo relatar sobre algumas atividades desempenhadas em um projeto social que atende gestantes e mulheres usuárias de substâncias psicoativas e seus filhos, em uma cidade no interior do Estado do Ceará. Metodologia: A experiência é baseada na vivência de um estágio supervisionado em Processos Clínicos e Atenção à Saúde, da Universidade Federal do Ceará - Campus Sobral, realizado no Centro de Assistência Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD). Sobre o percurso das atividades na instituição, foram desenvolvidas dinâmicas e rodas de conversas que propiciavam diálogos sobre o cotidiano das participantes. Participaram dos encontros em torno de 14 mulheres e um homem trans, a maioria possuíam união estável, com idades que variavam entre 18 e 53 anos e uma média de três filhos. Foram realizados seis encontros, quinzenalmente, com duração de uma hora e meia cada. Resultados e Discussão: As atividades assinalaram questões relativas à exaustão feminina diante a realização solitária das atividades domésticas e do cuidado dos filhos, o sentimento de incapacidade relacionado aos julgamentos da sociedade e o uso de substâncias psicoativas atrelado às situações de conflitos. Além disso, observou-se o apagamento de suas identidades frente ao compromisso com a maternidade e a identificação com os relatos do coletivo. Considerações Finais: As atividades desenvolvidas permitiram que as participantes refletissem sobre suas experiências enquanto mulheres e mães, seu agir frente aos contextos de vulnerabilidade, bem como o uso problemático de substâncias psicoativas. Além disso, foi considerado o agir do profissional de psicologia diante da complexidade do trabalho na saúde mental.