Objetivo: Abordar através de uma revisão de literatura, a parestesia do nervo alveolar inferior relacionada a exodontia de terceiros molares. Metodologia: Realizou-se uma busca bibliográfica através dos bancos de dados eletrônicos Biblioteca Virtual em Saúde, SciELO, e Lilacs, utilizando os descritores em português: Nervo Alveolar Inferior, Parestesia e Terceiro Molar. Já na base de dados Medline, foram utilizados na língua inglesa: Inferior Alveolar Nerve, Paresthesia and Third Molar. Foram incluídos 22 artigos que atenderam aos seguintes critérios: estreita relação com o tema, texto completo disponível e publicado nos últimos 10 anos. Os artigos que não se adequaram, foram desconsiderados. Resultados e Discussão: A parestesia do nervo alveolar inferior é uma condição que pode ocorrer por injúrias a nervos sensitivos, podendo acontecer em pacientes submetidos a cirurgia de exodontia dos terceiros molares. Sua etiologia é multifatorial ocorrendo por fatores como: a exodontia propriamente dita, o bloqueio do nervo alveolar inferior, a toxicidade dos anestésicos, fraturas da mandíbula e infeções após a exodontia. O cirurgião-dentista deve solicitar radiografias para que seja verificado a relação dos terceiros molares com o nervo, afim de obter o conhecimento da necessidade cirúrgica. Assim, a literatura tem apresentado propostas de técnicas de exodontia alternativas às convencionais, como a coronectomia, exodontia ortodôntica e osteotomia pericoronária. Perante a constatação de um distúrbio de sensibilidade, o tratamento consiste na utilização de fármacos como os antidepressivos tricíclicos, corticosteroide, anticonvulsivantes e anti-inflamatórios. Em relação ao tratamento não farmacológico, pode ser citado a acupuntura e laser de baixa intensidade. Considerações Finais: O cirurgião-dentista deve realizar um planejamento cirúrgico minucioso, através de exame intraoral criterioso e solicitação de exames complementares, como a radiografia panorâmica ou tomografia computadorizada da região a ser operada. Além disso, é fundamental o domínio da técnica a ser utilizada, minimizando as chances de parestesias que podem ser permanentes ou definitivas.