Objetivo: Analisar a situação dos índices de coberturas vacinais da BCG no Brasil, entre os anos de 2017 a 2021, correlacionando suas possíveis causas e consequências. Método: Revisão integrativa da literatura, com análise descritivo-epidemiológica baseada no arcabouço literário do Ministério da Saúde do Brasil, PNI e DATASUS, além da triagem controlada de artigos científicos indexados, gratuitos e publicados nos últimos 05 anos, na página on-line da Biblioteca Virtual em Saúde. Resultados e Discussão: A meta de 90% de cobertura vacinal só fora atingida entre as regiões no ano de 2019, pela região Sul. Ao expandir a análise para as capitais da região Norte, em 2017, Boa Vista atingiu a meta para cobertura vacinal e, em 2018, a capital Teresina. Nos anos seguintes, a meta não foi atingida em nenhuma capital da região. A região Nordeste em 2018 atingiu o índice preconizado através da capital Fortaleza, não alcançando a meta nos demais anos. Em 2018, na região Sudeste, fora registrada a maior cobertura dos anos analisados, 88,73% em Vitória, estado do Espírito Santo. Em nenhum período analisado a região alcançou o índice de 90%. O mesmo ocorreu na região Sul, onde a maior cobertura vacinal registrada foi de 79,18% na cidade de Curitiba, Paraná, em 2019. Ao tratar-se do Centro-Oeste, a região obteve o maior índice de cobertura vacinal entre as capitais analisadas, apresentando 108,18% na cidade de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, em 2019. A capital atingiu a cobertura vacinal entre os anos de 2017 a 2019. Conclusão: Questões culturais e ideológicas, medo de seus efeitos adversos e/ou colaterais atrelados ao movimento antivacina, podem justificar a hesitação e recusa vacinal. A falta de imunobiológicos e dificuldade de acesso ao serviço de saúde também são fatores que dificultam o alcance da cobertura vacinal preconizada.