Objetivo: analisar a situação do aleitamento materno após alta hospitalar de prematuros a partir do sexto mês de vida e sua associação com o letramento materno em saúde. Metodologia: estudo analítico, transversal e quantitativo, que utilizou dados primários e secundários. Foi realizado na Unidade Neonatal de um Hospital Universitário do Estado de Pernambuco, entre janeiro e abril de 2022. Os dados primários foram compostos pelas informações obtidas durante as entrevistas realizadas a partir do sexto mês de vida do prematuro, por meio de ligações telefônicas. Os dados secundários, por sua vez, foram oriundos do banco de dados da pesquisa-mestre “Letramento funcional em saúde de mães de recém-nascidos prematuros internados em uma unidade neonatal”. Foram incluídas no estudo 29 mães de prematuros. O letramento em saúde foi avaliado pelo questionário S-THOFLA e utilizou-se teste Exato de Fisher para análise bivariada, adotando-se significância de 5%.Resultados e discussão: observou-se baixa prevalência do aleitamento materno exclusivo (AME) dos prematuros aos seis meses de vida (10,3%).50% das participantes alegaram introdução de outros leites motivada por orientação de profissional da saúde. Apesar da maior prevalência de AME dos quatro aos seis meses em filhos de mães com letramento em saúde adequado, não houve associação estatística significativa (p=0,540). Conclusão: Os resultados encontrados evidenciam que a situação do aleitamento materno de prematuros no sexto mês após a alta hospitalar apresentava-se abaixo do preconizado, com queda significativa a partir do quarto mês. Apesar de a maioria das mulheres ter apresentado um letramento em saúde adequado, não houve relação positiva na permanência do aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida.