Objetivo: Investigar na literatura científica as repercussões das tecnologias digitais no desenvolvimento infantil. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa do tipo Revisão Integrativa, realizada através das bases de dados LILACS, MEDLINE e Scielo, executada durante os meses de novembro e dezembro de 2021. Para a busca foram utilizados os descritores “Desenvolvimento Infantil" ; “Tecnologias” e “Consequências”. Foram adotados os seguintes critérios de inclusão: artigos em texto completo, com idioma em inglês, espanhol e português e data de publicação nos últimos 5 anos. Os critérios de exclusão foram: artigos duplicados ou que não correspondiam ao objetivo central da pesquisa. Ressalta-se que foram respeitados todos os aspectos éticos propostos na Lei 9.610 (Lei de direitos autorais). Resultados e discussão: A síntese dos resultados delimitou 4 variáveis temáticas: Alterações negativas no desenvolvimento infantil decorrentes do uso de tecnologias; potenciais benefícios das tecnologias no desenvolvimento infantil; Percepção dos pais sobre o impacto das tecnologias para o desenvolvimento da criança; Irrelevância da influência das tecnologias no desenvolvimento infantil. Em síntese, os prejuízos da interação entre criança e tecnologia são caracterizados por alterações no comportamento, modificações de humor, o vício em dispositivos digitais capaz de ocasionar sintomas de abstinência, fatores que alteram bruscamente o desenvolvimento cognitivo, interpessoal e social da criança. Conclusão: As repercussões das tecnologias frente ao desenvolvimento infantil são inegáveis e quase sempre maléficas, pelo fato de ressignificarem muitos contextos e conceitos. Para mais, existe a carência de uma educação digital para pais e filhos, assim como também a necessidade de formulação de políticas públicas voltadas para a saúde e educação.