A Síndrome de Stevens-Johnson (SSJ), se caracteriza por ser uma doença que afeta a pele e as membranas mucosas, sendo classificada como uma emergência médica que requer um rigoroso controle de sintomas e de suas possíveis complicações. Percebe-se a necessidade de um trabalho multidisciplinar no tratamento ao paciente, visando suprir as necessidades de cuidado e minimizar as repercussões negativas ocasionadas pelas lesões. Objetivo: Relatar a experiência vivenciada por uma equipe multiprofissional em um caso clínico de manifestação da SSJ. Metodologia: Trata-se de um estudo do tipo descritivo e retrospectivo envolvendo o atendimento realizado em maio de 2023 por residentes de um programa multiprofissional em saúde da criança situado em João Pessoa, Paraíba, a um paciente com SSJ. Resultados e Discussão: A abordagem utilizada por toda a equipe multiprofissional composta por fisioterapeuta, enfermeira, nutricionista, farmacêutica e psicóloga foi semelhante ao de um paciente queimado. A conduta farmacológica envolveu a interrupção do tratamento medicamentoso desencadeador, com substituição adequada dos medicamentos essenciais para o paciente. A fisioterapia realizou medidas de suporte, evitando complicações pulmonares e prevenção de deformidades motoras. A terapia nutricional objetivou aporte energético adequado, evitando desnutrição e auxiliando na cicatrização das feridas. Os cuidados de enfermagem tiveram como base o Processo de Enfermagem, com intuito de controlar a dor, prevenir infecções e cuidados com a pele. A psicologia atuou com a finalidade de minimizar o sofrimento provocado pelo processo de hospitalização e de enfrentamento a patologia, bem como suas consequências emocionais, além de fomentar a interação envolvendo a tríade paciente, família e equipe de saúde. Considerações finais: Por se tratar de uma doença sistêmica o envolvimento de uma equipe multiprofissional é imprescindível para a melhora clínica do paciente, contudo, é necessário a realização de mais estudos, como revisões sistemáticas e diretrizes, para que seja possível melhor manejo terapêutico nestas síndromes raras.