Introdução: A sífilis é uma IST (infecção sexualmente transmissível) causada pela bactéria Treponema pallidum que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), atinge 12 milhões de pessoas no mundo por ano, constituindo-se como um problema de saúde pública. A doença é transmitida por contato sexual desprotegido com pessoa contaminada, via hematogênica e se caracteriza por episódios de doença ativa, interrompidos por períodos de latência e pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios. Objetivo: apresentar os casos confirmados de sífilis adquirida em mulheres residentes no estado do Maranhão, segundo variáveis sociodemográficas no período de 2015 a 2022. Metodologia: Foi realizado um estudo descritivo, transversal e retrospectivo, com abordagem quantitativa, no site DataSUS Tabent, Sinan. Foram levados em consideração os dados de 2015 a 2021, na faixa etária de 15 a 59 anos, apenas no sexo feminino, a raça e escolaridade, no estado do Maranhão. Resultados: O total de notificações da sífilis adquirida no Maranhão foi de 3.607 casos, dos quais apenas 1.464 tiveram o diagnostico confirmado. O ano que apresentou o maior número de notificações foi 2018, mas o de maior número de confirmações foi 2019. Através da pesquisa, observou-se que o perfil da doença no sexo feminino no Maranhão é composto prioritariamente por indivíduos de 20 a 39 anos, com escolaridade cursada até o ensino fundamental e na raça parda. Conclusão: Este estudo fornece uma análise robusta sobre os casos de sífilis adquirida em mulheres no Maranhão, que pode ser justificado pelo acesso limitado à informação sobre saúde sexual, casamento precoce decorrente da situação econômica desfavorável, que pode resultar em evasão escolar, idade sexual ativa sem consciência do uso de preservativos.