Objetivo: Este estudo visa descrever as características da Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE). Método: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura. Resultados e discussão: A DRGE, resultante de desequilíbrios na homeostase entre proteção e agressão à mucosa esofágica, tem como base a falha na barreira antirrefluxo, composta por estruturas anatômicas e mecanismos fisiológicos. A patogenia central envolve relaxamento inadequado transitório do esfíncter esofágico inferior. A prevalência, especialmente em casos de obesidade, destaca a necessidade de medidas terapêuticas, incluindo intervenções comportamentais e farmacológicas. Os sintomas clássicos, como pirose e regurgitação, afetam 20% dos adultos semanalmente, enquanto manifestações atípicas e hérnia hiatal complicam o diagnóstico. A morbidade, incluindo úlceras e esôfago de Barrett, impacta 10 a 15% dos pacientes. Alterações morfológicas variam de hiperemia a estenose esofágica e metaplasia intestinal em casos de esôfago de Barrett, avaliadas por endoscopia, com casos de DRGE não erosiva denominados NERD quando a endoscopia não identifica irregularidades. Considerações finais: Em resumo, a DRGE é uma condição multifatorial com considerável impacto na qualidade de vida, desafiando o diagnóstico devido à diversidade de manifestações e exigindo abordagens abrangentes para tratamento e prevenção eficazes.