Objetivo: A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível que afeta principalmente gestantes e, consequentemente, recém-nascidos. Logo, destaca-se que o estudo busca compreender os aspectos epidemiológicos da infecção com o fito de identificar as principais dificuldades acerca do rastreio, diagnóstico precoce e tratamento adequado no Pará. Metodologia: Estudo quantitativo baseado em dados de domínio público disponíveis na plataforma DATASUS seguindo as variáveis: município de notificação; região de residência; pré-natal; diagnóstico; faixa etária; raça; sexo; idade e escolaridade materna; tratamento e evolução. Por se tratar de dados públicos não necessitou de aprovação do comitê de ética e pesquisa (CEP). Resultados e Discussão: O estudo identificou um total de 2.980 casos confirmados no estado do Pará sendo Belém a cidade onde houve maior ocorrência. Ademais, a maior predominância foi em recém-nascidos com até 28 dias de vida, do sexo masculino e da raça parda. A idade materna concentrou-se entre 20 e 24 anos (34%), porém apresentou taxa considerável entre 15 e 19 anos (28%). Acerca da escolaridade, cerca de 21% possuíam ensino fundamental incompleto. Dessas mulheres, 43% foram diagnosticadas ainda no pré-natal e em 60% dos casos o parceiro não foi tratado. A taxa de óbitos pela sífilis congênita foi de 0,5%. Considerações Finais: Evidenciou a necessidade de maior atenção às políticas públicas para o rastreamento precoce e tratamento adequado da sífilis materna para que se evite a sífilis congênita.