Objetivo: Revisar publicações abordando sobre a definição, fisiopatologia, classificação e manejo inicial do choque hipovolêmico. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, do tipo narrativa, realizada a partir de pesquisas de artigos nas bases de dados: Scientific Electronic Library Online (Scielo), Pubmed, Lilacs e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Google Acadêmico. Para isso, foram utilizados os descritores: “choque hipovolêmico" , " choque hemorrágico " e “tratamento”. Os artigos foram selecionados, por meio de buscas nos idiomas Português, Inglês e espanhol, publicados nos últimos 10 anos. Foram excluídos: artigos duplicados, relatos de casos e assuntos não compatíveis com o tema. Resultados e discussão: O choque hemorrágico é causado pela perda de sangue em quantidade suficiente para não suprir adequadamente a demanda de oxigênio dos tecidos, levando as células a fazerem a transição para o metabolismo anaeróbico. Isso resulta no acúmulo de substâncias como ácido lático e radicais de oxigênio, desencadeando uma resposta inflamatória sistêmica. O choque hemorrágico é classificado em quatro classes de acordo com a quantidade de sangue perdida. O tratamento inicial visa restabelecer o volume sanguíneo com fluidos intravenosos como cristaloides e coloides, além do tratamento cirúrgico em casos de hemorragia ativa. A escolha do tipo de fluido, quantidade e taxa de infusão deve ser cuidadosamente considerada, com base em sinais clínicos e gasométricos, para evitar complicações como isquemia e desvio do metabolismo aeróbio para anaeróbio. Considerações finais: Em suma, o choque hemorrágico representa uma condição crítica em que a perda sanguínea compromete a oxigenação tecidual, levando as células a uma adaptação para o metabolismo anaeróbico. Isso desencadeia uma série de eventos prejudiciais, incluindo resposta inflamatória, falha na homeostase celular e potencial falência de múltiplos órgãos. O tratamento precoce e adequado é essencial para evitar complicações graves e melhorar os resultados clínicos dos pacientes em estado de choque hemorrágico.