Objetivo: Esclarecer, de maneira sintetizada, as principais informações acerca da fisiopatologia, do quadro clínico, do diagnóstico e do tratamento da otite média aguda na pediatria. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, feita em novembro de 2022, por meio do estudo de 14 artigos selecionados com os descritores “Otite média aguda”, “Acute otitis media” e “Pediatria”, encontrados nas bases de dados eletrônicos PubMed e Scielo. Resultados e Discussão: A otite média aguda (OMA) ocorre devido a um processo infeccioso que acomete a orelha média. Epidemiologicamente, é uma condição clínica de alta prevalência na infância, com maior incidência entre 6 meses e dois anos. A infecção geralmente começa no trato respiratório superior, favorecendo a contaminação da trompa de Eustáquio por bactérias que proliferam e causam a OMA. A principal manifestação clínica é a otalgia que pode estar associada à febre e, em alguns casos, à perda auditiva condutiva. O diagnóstico é feito através da história clínica e das alterações presentes na otoscopia, como a hiperemia e o abaulamento da membrana timpânica. O tratamento depende da idade da criança e da gravidade da doença. Em casos brandos, apenas o uso de fármacos para o alívio de sintomas, como antitérmicos e analgésicos, pode ser recomendado. Em quadros de OMA mais grave, bilateral e com otorreia, o tratamento de escolha é a antibioticoterapia. Considerações finais: Na maioria dos casos, essa condição clínica apresenta uma resolução sem intercorrências. No entanto, algumas complicações podem ocorrer, como a perfuração aguda da membrana timpânica. A adoção de medidas profiláticas, como o aleitamento materno e a vacinação infantil, é uma forma de evitar a otite média de repetição (OMR). Por meio do estudo apresentado, conclui-se que a otite média aguda é uma patologia recorrente na prática pediatria e, por isso, o seu manejo adequado é de extrema importância.