Objetivo: analisar, por meio da revisão da literatura, a abordagem de crianças com necessidades especiais no atendimento de saúde de emergência. Metodologia: revisão integrativa da literatura, com a finalidade de reunir e sintetizar os resultados de pesquisas sobre o tema. Definiram-se como fonte de busca as bases de dados PubMed e Scopus. Para a seleção dos estudos desta revisão, foram incluídos somente textos originais e completos, nos últimos quinze anos de publicação (desde 2009), nos idiomas inglês e português. A busca pelas produções foi conduzida em março e abril de 2024. Resultados e Discussão: 108 publicações foram encontradas ao cruzar os descritores no PubMed (43) e no Scopus (65). Destes, 94 foram excluídos por duplicação, tempo ou irrelevância. Dos 14 restantes, 5 foram escolhidos pela relevância para o presente estudo. Crianças com necessidades especiais, embora minoritárias, enfrentam mais hospitalizações, admissões em emergências e terapia intensiva, além de riscos psicológicos e médicos adicionais. Estratégias de cuidado compartilhado entre profissionais e familiares podem reduzir admissões hospitalares. A documentação adequada, como o Formulário de Informações de Emergência (EIF), é crucial para evitar erros médicos. A pesquisa sobre essas necessidades é limitada, mas crucial para sistemas de saúde centrados no paciente. Investir em pesquisas nessa área pode melhorar os cuidados emergenciais e a qualidade de vida das crianças com necessidades especiais. Considerações finais: conclui-se que os pacientes pediátricos portadores de deficiência têm o seu cuidado ineficiente, devido à escassez de técnicas, recursos, e abordagens especializadas para tratar destas crianças. Reconhecer as lacunas na assistência e os padrões das enfermidades leva à uma base sólida para a aplicação de intervenções preventivas e terapêuticas. São necessários maiores investimentos em pesquisas sobre o tema, a fim de gerar evidências conclusivas que possam nortear políticas de saúde e o manejo clínico destes pacientes.