Objetivo: Identificar os pontos relacionados ao diagnóstico de choque hipovolêmico na emergência pediátrica e as principais formas de tratamento e assistência nesses casos, para prevenir lesões a órgãos-alvo. Metodologia: Consiste numa revisão narrativa de literatura utilizando as bases de dados PubMed, UpToDate e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Como critérios de inclusão foram usados artigos publicados nos últimos 5 anos, nos idiomas inglês e português, selecionados a partir dos descritores “Pediatrics”, “shock” e “Pediatric Emergency Medicine” dos Descritores em ciências da Saúde (DeCS) e Medical Subject Headings (MeSH). Como critérios de exclusão, foram excluídos artigos que fugissem da temática de interesse. Resultados e discussão: O choque hipovolêmico em pediatria é uma emergência com alta incidência e desfechos nem sempre favoráveis, relacionados à perda de mecanismos homeostáticos e às fases de progressão do quadro. Nesse sentido, a identificação precoce, utilizando ferramentas como o Triângulo de Avaliação Pediátrica e as Diretrizes de Triagem, Avaliação e Tratamento de Emergências da Organização Mundial da Saúde, é crucial para um prognóstico favorável. Após a identificação, a terapêutica, especialmente a fluidoterapia, é essencial para a estabilização do paciente. Como via de acesso, após tentativa falha de acesso intravenoso, destaca-se a via intraóssea, pois o tempo é vital para um melhor prognóstico. Com relação aos fluidos disponíveis, preconiza-se o uso de cristaloides, devido a menores reações adversas e custos. Concomitantemente, a busca pela etiologia do choque é essencial para determinar a terapêutica específica. Considerações finais: O choque hipovolêmico em crianças continua desafiador devido à complexidade de sua apresentação e rápida evolução. A falta de sensibilidade na detecção de alterações fisiológicas e na monitorização dificulta o diagnóstico e tratamento precoces, levando a resultados negativos. Portanto, mais estudos são necessários para esclarecer aspectos fisiopatológicos, identificar lacunas na conduta clínica e estabelecer protocolos mais eficientes, para minimizar complicações e melhorar os desfechos clínicos.