INTRODUÇÃO: A qualidade da ressuscitação cardiopulmonar (RCP) é a principal responsável por aumentar os níveis de sobrevida e pelo prognóstico do paciente com parada cardíaca súbita. Assim, o ultrassom no local de atendimento (POCUS) vem tornando o ambiente pré-hospitalar mais conciso, podendo auxiliar na detecção de causas possivelmente reversíveis do acometimento cardíaco e identificação da atividade mecânica. OBJETIVO: Expor a aplicabilidade do ultrassom à beira leito como instrumento no manejo de pacientes em PCR, avaliando sua colaboração no retorno efetivo da circulação. METODOLOGIA: O desenvolvimento desta revisão foi guiado pela estratégia PICOS e a busca eletrônica nas seguintes bases científicas: MEDLINE, Cochrane Library, Scopus, ISI Web of Science, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Electronic Library Online (SciELO). RESULTADOS E DISCUSSÕES: O POCUS é o mais rápido exame perante a uma situação de PCR e que pode levar a um diagnóstico precoce. Nota-se que tanto o POCUS, teve um desempenho melhor ao abordar os desfechos negativos em pacientes adultos na emergência com ritmos não chocáveis. Em paradas cardíacas extra-hospitalares, o POCUS mostrou-se vantajoso, levando mudança no manejo dos pacientes, permitindo a exclusão de diagnósticos diferenciais. Quanto ao uso do POCUS na abordagem da PCR associada a hipotensão indiferenciada na emergência, não se observou diferenças significativas quando comparado a abordagem padrão. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O uso do POCUS em paradas cardíacas extra e intra-hospitalares é vantajoso, se guiado por profissional treinado, não interferindo na qualidade das compressões da RCP. Apesar de contribuir para correta intervenção do paciente, não há evidências de melhora dos resultados clínicos através de seu uso, sendo que possui melhor desempenho ao abordar desfechos negativos.