INTRODUÇÃO: A sepse é um importante problema de saúde pública, apresentando alta morbimortalidade. No Brasil, é observado um aumento considerável no índice de mortalidade por sepse no período de 2011 a 2021. O diagnóstico e o tratamento estabelecidos precocemente são fundamentais para a redução da incidência de casos graves e a mortalidade por essa condição. OBJETIVO: Analisar e discutir as estratégias de identificação precoce e de manejo clínico da sepse pós-operatório, no contexto dos serviços de urgência e emergência. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão narrativa da literatura, utilizando as bases de dados PubMed e SciElo. Dentre os 22 artigos encontrados, foram selecionados 6, que respondiam à temática norteadora. RESULTADO E DISCUSSÕES: O diagnóstico precoce e o controle da sepse são fatores primordiais para a redução da morbimortalidade. A Emergency Surgery Score (Escore de Cirurgias de Emergência; ESS) se mostrou uma ferramenta capaz de prever, com importante precisão, a sepse pós-operatória. A dosagem do lactato revela-se crucial na detecção da sepse pós-operatória, permitindo avaliar a resposta ao tratamento e identificar pacientes em risco de deterioração clínica. O controle eficaz da sepse inclui tratamento antimicrobiano, suporte hemodinâmico, monitoramento da fonte de infecção e apoio aos órgãos-alvo. O manejo inadequado resulta em sequelas significativas a curto e longo prazo, afetando drasticamente a vida dos pacientes. Cerca de 40% dos sobreviventes de um quadro de sepse apresentam readmissão hospitalar em até 90 dias, o que culmina, também, em custos significativos ao sistema de saúde. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A sepse é quadro complexo e que apresenta importantes repercussões ao doente e ao sistema de saúde. Para a efetivação dos diagnósticos precoces, é importante o uso das ferramentas que sistematizam a avaliação do paciente. Associado a isso, o correto manejo e o acompanhamento do paciente serão itens fundamentais para a redução da morbimortalidade.