Objetivo: O estudo tem como finalidade evidenciar as práticas de manejo e diagnóstico de pacientes com torção anexial na emergência ginecológica, evidenciando a população de risco e as modalidades de tratamento. Metodologia: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PubMed e LILACS. Os critérios de inclusão para a seleção da amostra foram: artigos publicados nos últimos dez anos (2014-2024) que tratassem da temática em estudo, em português ou inglês. Resultados e Discussão: Utilizando os descritores selecionados, foram encontrados 46 estudos, com aplicação dos critérios estabelecidos, permaneceram 7 artigos que foram analisados, compondo assim a amostra final. A torção anexial é uma das causas mais comuns de dor abdominopévica em mulheres não grávidas em idade reprodutiva, sendo 2,7% das emergências cirúrgicas. Esse quadro pode ocorrer tanto nos ovários quanto em tubas uterinas, e tem como fatores de risco a presença de cistos no ovário, massas anexiais, hiperestimulação ovariana e gravidez. O quadro clínico tem dor difusa na região pélvica de início súbito, seguido por náuseas, vômitos e febre de baixa intensidade. A ultrassonografia transvaginal é a modalidade de exame de imagem padrão-ouro no diagnóstico, sendo possível observar o “sinal do redemoinho”, presente na 88 a 100% dos casos de torção anexial. Entre os diagnósticos diferenciais, estão incluídos gestação ectópica, apendicite e pielonefrite. O tratamento mais indicado seria a laparoscopia para a distorção do anexo, tanto em gestantes quanto não grávidas para a preservação ovariana. Não foi encontrado sinal clínico ou ultrassonográfica que preveria a necessidade de cirurgia precoce ou sua eficiência na redução da taxa de isquemia anexial. Considerações Finais: é de extrema importância a identificação de fatores de risco para o diagnóstico precoce de torção anexial e buscar métodos de tratamento que visem a preservação da reserva ovariana.