Objetivo. Desenvolver uma reflexão teórica acerca das políticas de humanização em saúde da mulher a partir da teoria de Enfermagem Humanística de Josephine Paterson e Loretta Zderad. Metodologia. Trata-se de um ensaio teórico-reflexivo com aporte teórico da teoria de Enfermagem Humanística e a problematização da teoria das políticas públicas de humanização em saúde da mulher e a assistência na prática. Resultados e Discussão. Para o desenvolvimento dessa reflexão-teórica estruturou-se três eixos reflexivos que propuseram discutir a Humanização em Saúde da mulher e seu contexto histórico-social; as políticas públicas em saúde mulher e a prática da assistência mecanizada e a teoria de Paterson e Zderad mediante a aplicabilidade humanística no contexto da assistência em saúde da mulher. As fragilidades na assistência à saúde da mulher são multifacetadas e impactam diretamente na saúde das mesmas, entre as principais preocupações evidencia-se a falta de acesso a cuidados básicos, a disparidade na qualidade dos serviços de saúde, a escassez de informações sobre saúde reprodutiva e a persistência de estigmas sociais, com isso ressalta-se a importância do processo de trabalho do profissional de enfermagem, que contribui para uma experiência de cuidado mais centrada na pessoa e alinhada com as necessidades físicas e emocionais específicas das mulheres, assim como já propunha em Paterson e Zderad. Assim, a assistência da saúde da mulher deve ir além das técnicas puramente técnicas, abrangendo uma abordagem holística que respeita a individualidade e as necessidades específicas das mulheres ao longo de suas vidas. Considerações finais. Faz-se necessário que a teoria torne-se prática assistencial humanizada através de estratégias como a melhoria da formação dos profissionais de saúde, a capacitação e atualização efetiva dos profissionais que já estão atuando, além de medidas que visem resignificar a impunidade das ações e a humanização das condições de trabalho.