Objetivo: Descrever os principais fatores associados à depressão pós-parto, no contexto da amamentação. Metodologia: Foi realizada a leitura crítica de títulos e resumos de 227 trabalhos disponíveis nas plataformas de busca da Scielo, Pubmed e BVS. O critério de inclusão para a seleção destes trabalhos foram: artigos completos publicados em inglês e disponibilizados de forma gratuita. O recorte temporal definido nas buscas dos artigos publicados compreendeu o período de 2014 a 2024. Resultados e Discussão: Foram identificados 227 trabalhos, dos quais foram excluídos 211 com base na leitura do título e do resumo, outros 3 foram excluídos por serem duplicados nas bases de dados. Apenas 13 artigos foram selecionados e submetidos para leitura integral, consequentemente 3 foram excluídos por não entrarem nos critérios de elegibilidades supracitados ou por serem duplicados, resultando assim, em 10 artigos incluídos nesta revisão. Nos materiais analisados, notou-se a existência de seis períodos críticos para a tomada de decisões sobre a amamentação, são eles: a gravidez, as primeiras 24 horas pós-parto e uma ou duas semanas após o nascimento do bebê, sendo este último o principal responsável pela maioria dos impasses relacionados com a desistência materna sobre a amamentação. A relação entre o aleitamento materno exclusivo e a saúde mental da mãe revelam que essa prática oferece benefícios psicossociais e biológicos, reduzindo ansiedade e estresse. A amamentação atenua as respostas neuroendócrinas ao estresse, melhorando assim o humor da lactante. Além disso, essa prática reduz em 15 vezes a probabilidade de morte neonatal. Considerações finais: evidencia-se a necessidade da mãe e do recém-nascido estarem saudáveis e em condições adequadas para a realização do aleitamento materno, na qual a relação entre saúde mental e amamentação é complexa e de extrema importância para ambos.