Objetivo: descrever o perfil epidemiológico dos acidentes com animais peçonhentos em mulheres no Brasil. Metodologia: utilizando dados observacionais, descritivos, exploratórios e retrospectivos de 2019 a 2023, extraídos do DATASUS, a pesquisa seguiu as diretrizes do STROBE e normas éticas nacionais. Resultados e Discussão: os resultados indicam que a Região Nordeste registrou o maior número de casos, destacando-se Bahia e Pernambuco, enquanto o Sudeste, particularmente São Paulo, apresentou números elevados. A maioria dos acidentes envolveu escorpiões, seguidos por aranhas e abelhas, com um aumento significativo em 2023. Observou-se que a maioria das picadas ocorreu nos pés e dedos das mãos, com atendimento rápido predominando (dentro de 1 hora) em aproximadamente 50% dos casos. No entanto, 5,6% a 6,8% dos atendimentos demoraram mais de 24 horas. A pesquisa revelou um crescimento geral dos incidentes ao longo dos anos, especialmente em 2022 e 2023, sugerindo uma tendência preocupante. Além disso, a análise destacou a necessidade de melhorar a precisão dos registros sobre o tipo específico de animais peçonhentos, especialmente serpentes e aranhas, para uma compreensão mais clara dos padrões e para orientar melhor as medidas preventivas e de manejo. Melhorar os registros e a coleta de dados é crucial para entender plenamente a epidemiologia dos acidentes, permitindo uma resposta mais eficaz do sistema de saúde e ajudando na formulação de estratégias de prevenção e tratamento mais direcionadas. Considerações Finais: em conclusão, a pesquisa enfatiza a importância de uma vigilância contínua e aprimorada, além do fortalecimento dos serviços de saúde e da capacitação dos profissionais para lidar com os acidentes, visando reduzir a mortalidade e melhorar os desfechos das vítimas.