Objetivo: descrever os casos de AIDS em mulheres em idade reprodutiva no Brasil entre os anos 2019 e 2023. Metodologia: Estudo epidemiológico, descritivo e retrospectivo, abrangendo distribuição geográfica, raça/cor, escolaridade e categoria de exposição com dados de domínio público no DATASUS. Resultados e Discussão: Os resultados revelaram variações significativas na incidência da doença entre os estados ao longo dos anos, com São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul consistentemente apresentando os maiores números de casos. Houve uma redução geral no número de casos em 2023, sugerindo possíveis melhorias nas políticas de prevenção e tratamento, embora persistam desafios significativos. Quanto à raça/cor, observaram-se desigualdades persistentes na incidência da AIDS, com mulheres pardas representando a maioria dos casos, seguidas por mulheres brancas e pretas. A transmissão heterossexual foi a categoria de exposição mais comum, embora tenha mostrado uma diminuição proporcional ao longo dos anos. Mulheres com ensino médio completo foram as mais afetadas, ressaltando a importância de abordagens educacionais e preventivas direcionadas a esse grupo. No entanto, a categoria " Ignorado" na coleta de dados sobre exposição ao HIV cresceu ao longo do tempo, indicando a necessidade de melhorias na precisão dos registros epidemiológicos. Considerações Finais: Esses achados destacam a importância contínua da vigilância epidemiológica e do fortalecimento dos sistemas de saúde para enfrentar a epidemia de AIDS. Políticas públicas informadas por dados precisos são essenciais para direcionar recursos de forma eficaz e implementar intervenções que atendam às necessidades das populações mais afetadas, especialmente em comunidades historicamente marginalizadas.