Objetivo: Analisar os riscos e os benefícios da utilização de drogas antidepressivas durante a gravidez e investigar as consequências da interrupção do tratamento farmacológico. Metodologia: Baseia-se em uma revisão integrativa da literatura, cuja busca foi realizada na plataforma MEDLINE/PubMed, utilizando os descritores: “Farmacologia”, “Gravidez”, “Depressão” e “Antidepressivos”. Adotou-se como critérios de inclusão: artigos publicados na íntegra, online, disponíveis de forma gratuita, nos idiomas inglês ou português, publicados entre 2020-2024, cuja população de interesse houvesse sido exposta a depressão e a utilização de antidepressivos durante o período gravídico-puerperal. Foram excluídos artigos que não contemplassem os objetivos da pesquisa. Assim, selecionou-se uma amostra de 11 estudos para análise. Resultados e discussão: Revela-se que a depressão não tratada implica em consequências graves ao bebê, sendo a utilização dos antidepressivos não associada a diagnósticos de autismo, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade ou deficiência intelectual nas crianças. Observou-se também que o uso do lítio culmina em riscos de aborto espontâneo, nascimento prematuro, baixo peso ao nascer e malformações congênitas. Em contrapartida os Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina e Inibidores da Recaptação de Serotonina e Norepinefrina possuem riscos diminuídos. Os antidepressivos mais prescritos foram, seguidamente: sertralina, citalopram, fluoxetina, escitalopram e bupropiona. Conclusão: É crucial realizar uma abordagem individualizada, para que os benefícios do tratamento para a saúde mental da mãe sejam ponderados em relação aos potenciais riscos para o desenvolvimento fetal. Outrossim, deve ser realizada uma comunicação aberta e transparente de modo a avaliar todas as opções disponíveis e considerar também o histórico da paciente, a gravidade dos sintomas depressivos e as potenciais reações adversas aos medicamentos.