Os Culicidae se destacam como sendo os insetos mais relacionados ao homem. Dentre estes, se destaca o Aedes aegypti, vetor responsável pela disseminação de diferentes arboviroses como a dengue, febre amarela, zika e chikungunya. Devido à falta de vacinas e tratamentos específicos para a maioria das doenças transmitidas pela espécie, todos os esforços de controle estão voltados para o controle do vetor. Como meio de controle mais utilizados se destacam os métodos químicos, porém, além de serem tóxicos ao homem, há vários relatos na literatura de populações do mosquito se tornando resistentes. Assim, a descoberta de novos ativos para controle do mosquito se torna necessária, principalmente de fontes naturais. Dessa forma, este trabalho teve como objetivo avaliar a ação larvicida de extrato e frações de Bromelia laciniosa sobre larvas de A. aegypti. Para isso, larvas de A. aegypti da linhagem Rockefeller foram submetidas a diferentes concentrações do extrato etanólico bruto e das frações acetato de etila, clorofórmica e éter de petróleo de B. laciniosa. O tratamento durou 72h e a contagem das larvas mortas foi realizada em 24 e 72h. Os dados de mortalidade obtidos foram utilizados para obtenção da taxa de mortalidade, a qual foi utilizada para o cálculo da Dose Letal. Ao final dos experimentos, foi encontrado efeito larvicida nas frações de clorofórmio e acetato de etila, com respectivas taxas de mortalidade de larvas de 77% e 83% em 72h de exposição. Os resultados do cálculo da Dose Letal Mediana para estas frações sugerem a presença de ativos com potencial larvicida para as frações. Assim, a espécie Bromelia laciniosa pode ser caracterizada como detentora de ativos potencialmente larvicidas.