Objetivo: O objetivo deste estudo é descrever e compreender a magnitude e distribuição dos óbitos por doenças hipertensivas no Brasil ao longo de um período de dez anos, de 2012 a 2022. Metodologia. Estudo observacional, descritivo, exploratório e retrospectivo, utilizou dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e seguiu as recomendações do STROBE. Não foi necessário aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) devido ao uso de dados secundários de domínio público. Resultados e discussão: Os resultados indicam elevada frequência de hipertensão no Brasil, afetando cerca de 10% da população e resultando em complicações graves como insuficiência renal. Em 2019, as doenças crônicas foram responsáveis por 54,7% das mortes no Brasil, com destaque para doenças cardiovasculares. A hipertensão foi um fator de risco significativo para doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio e acidente vascular encefálico. Os dados de mortalidade por doenças hipertensivas de 2012 a 2022, revelam variações anuais e distribuição geográfica dos óbitos, com estados como São Paulo e Rio de Janeiro apresentando altos números. A análise das características sociodemográficas dos óbitos mostrou uma predominância de indivíduos brancos e pardos, ligeira predominância de mulheres, alta proporção de viúvos e idosos, e diversidade de níveis educacionais. A maioria dos óbitos ocorreu em hospitais e domicílios. Considerações finais: Os dados sobre os óbitos por doenças hipertensivas no Brasil entre 2012 e 2022 destacam a necessidade urgente de fortalecer as políticas de prevenção e manejo da hipertensão. As desigualdades regionais e sociodemográficas devem ser abordadas para garantir um acesso mais equitativo aos cuidados de saúde. As autoridades de saúde precisam adotar uma abordagem multifacetada focada na prevenção, detecção precoce e tratamento contínuo da hipertensão para reduzir a mortalidade e melhorar a qualidade de vida no Brasil.