Objetivo: Este trabalho tem como objetivo descrever uma experiência de capacitação sobre acolhimento em saúde para mulheres trans e travestis, voltada para estudantes de Medicina membros de uma Liga Acadêmica de Urologia. Metodologia: A atividade foi demandada a um projeto de extensão sobre sexualidade e gênero para capacitá-los a realizar um atendimento a mulheres trans e travestis. A capacitação foi planejada remotamente por meio do Google Meet. A realização da capacitação também ocorreu via Google Meet, com duração de cerca de 2h, por meio de apresentação de slides, mediada por dois extensionistas e com a presença de sete membros da liga. A atividade foi nomeada “Acolhimento em Saúde para Mulheres Trans e Travestis”. Foram abordados: acolhimento, conceitos relacionados a mulheres trans e travestis, uso do nome social, comunicação responsiva, situações fictícias elaboradas pelos extensionistas para promover problematizações e propostas de como proporcionar um atendimento humanizado. Resultados e Discussão: No geral, os estudantes relataram falta de familiaridade com as temáticas apresentadas e múltiplas dúvidas relacionadas a como abordar o público de mulheres trans e travestis de maneira respeitosa e acolhedora no âmbito da saúde, reflexo de lacunas educacionais no ensino em saúde e do preconceito institucional, que é reflexo do que se observa na sociedade. Assim, a capacitação proporcionou uma aprendizagem interativa e dinâmica, aplicada à realidade, que pudesse auxiliá-los em um manejo acolhedor para este público. Considerações Finais: Dessa forma, é possível refletir que a capacitação permitiu ampliar o conhecimento dos estudantes, com consequências no manejo destes em relação a mulheres trans e travestis, de modo que sejam acolhidas. São necessárias maiores transformações na formação em saúde e no sistema de saúde e replicações da capacitação para outros dispositivos e níveis de Atenção à Saúde, visto que esta foi pontual, e aplicada a apenas um contexto.