Objetivo: Investigar o papel das Tecnologias Informação e Comunicação (TICs) na prática clínica e na educação contínua das equipes de saúde na Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil. Metodologia: Corresponde a uma revisão integrativa da literatura baseada na questão de pesquisa: quais os impactos da implementação das TICs na APS? Foram utilizadas as bibliotecas eletrônicas LILACS e SciELO para a seleção de artigos a partir dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS/MeSH): “atenção primária à saúde”, “sistemas de informação”, “tecnologia” e “telemedicina”. Os critérios de inclusão adotados foram estudos publicados em português, na íntegra, entre os anos de 2017 e 2024, que discorressem acerca da temática de pesquisa. Foram excluídos artigos sem anuência com o tema. Desse modo, foram selecionados 13 estudos para a composição do trabalho. Resultados e Discussão: O uso das TICs tem avançado no Brasil. A região Sul do país apresentou maior índice de utilização, principalmente, com o uso da telessaúde, enquanto o Norte e o Centro-Oeste priorizam a tele-educação. Apesar dos avanços com o uso das TICs, ressalta-se a persistência de problemas de infraestrutura, acesso e utilização de programas, mesmo com os esforços do Ministério da Saúde. As desigualdades regionais, regulação dos processos de trabalho, capacidade de instalação e oferta de modalidades de telessaúde foram apontados como motivos da lenta implementação das TICs nas redes de assistência brasileira. Considerações finais: A implementação de tecnologias na APS apresenta um caráter benéfico, inovador e transformador dos serviços de saúde, promovendo a eficiência e integridade dos serviços. Apesar dos sistemas de informação e comunicação já integrados, essa conjuntura ainda é exordial. Portanto, faz-se necessária a aplicação de estratégias governamentais, pesquisas e investimentos, para propiciar sua aplicação integral, nacional e equitativa, visando a melhoria do processo assistencial primário.