Objetivo: O estudo objetiva refletir sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) e a segurança do usuário na Atenção Primária à Saúde (APS), trazendo dimensões históricas, conceituais e diretrizes. Metodologia: Trata-se de uma reflexão teórica que integra uma tese de doutorado e utiliza a análise de conteúdo de Bardin. Foram revisadas produções científicas e materiais impressos de fevereiro a março de 2024, utilizando descritores específicos e critérios de elegibilidade de publicações, como publicações dos últimos dez anos. A pesquisa também analisou portarias ministeriais, diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), resoluções da ANVISA, e a Declaração de Alma-Ata. Resultados e Discussões: O SUS é uma política pública que visa garantir a saúde como um direito fundamental, enfrentando desafios demográficos e desigualdades socioeconômicas. A APS, surgida na década de 1960, reorienta o sistema de saúde brasileiro, destacando-se como uma das formas mais eficientes de organização do sistema de saúde. A segurança do usuário na APS é abordada através de programas e políticas, como o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) e as ações da ANVISA. Estudos mostram a necessidade de desmistificar a ideia de que a APS é segura devido à baixa densidade tecnológica, destacando incidentes e a importância de uma cultura de segurança. Considerações Finais: Apesar das diretrizes e esforços para promover a segurança do usuário na APS, ainda há lacunas na implementação de estratégias e na cultura de segurança. Novas investigações são necessárias para entender como a segurança do usuário é planejada e engajada por gestores, trabalhadores da saúde e usuários. É essencial estimular a cultura de segurança e a participação dos usuários nas decisões sobre sua saúde.