O presente capítulo possui como objetivo refletir sobre o estigma associado ao uso de substâncias psicoativas. Adicionalmente, serão dialogadas as possibilidades de atuação profissional da Psicologia na área, assim como os impactos à vida do sujeito adicto, assim como explorar os desafios e as possibilidades de atuação profissional da psicologia. Para isso, foi realizada uma revisão sistemática da literatura (Sampaio; Mancini, 2007) que consultou as bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e os achados foram organizados e analisados qualitativamente por meio do método da Análise Temática (Braun; Clarke, 2006), ainda, foram consultadas legislações brasileiras sobre o tema. O estudo englobou a relação entre estigma e as dificuldades da reinserção social do indivíduo, as possíveis intervenções frente à marginalização da pessoa que faz o uso de substâncias psicoativas; e o papel da psicologia diante do enfrentamento dos estigmas e no acolhimento do sujeito. Entre os resultados observados, tem-se: a relação entre estigma e discriminação do indivíduo e a dificuldade de reinserção social; questões políticas, econômicas, sociais e culturais que impactam na construção de tais estigmas; a importância da atuação da Rede de Atenção Psicossocial juntamente com o CAPS-AD para se pensar estratégias de cuidado e garantia de direitos para o indivíduo adicto; e, ainda, os atravessamentos que o estigma pode desencadear para o sujeito e sua saúde mental. Ao fim, percebe-se, então, o papel da psicologia frente ao tratamento a adictos, pensando-se na reinserção social, pertencimento, em uma escuta atenta e qualificada e na garantia de direitos dos indivíduos.