Introdução: Os alimentos ultraprocessados são considerados formulações contendo quantidades significativas de açúcares, sal e gordura sendo carentes em micronutrientes e fibras. Atualmente, o consumo destes alimentos de forma precoce está associado ao desenvolvimento do excesso de peso em crianças. Objetivo: Fazer uma análise comparativa do consumo de alimentos ultraprocessados e o excesso de peso durante os anos de 2018-2019 e 2020-2021 entre crianças de 5 a 9 anos do estado de Pernambuco. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo com delineamento ecológico. Os dados foram extraídos dos relatórios públicos do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), durante o período de setembro de 2024 para crianças de 5 a 9 anos, Índice de Massa Corporal (IMC), consumo alimentar para ambos os sexos e sem distinção de raça/cor entre os anos de 2018 a 2021. Resultados e Discussão: Em 2018, observou-se que 18% das crianças entre 5 e 9 anos apresentavam sobrepeso e 93% consumiam alimentos ultraprocessados. Em 2019, houve redução dos percentuais de sobrepeso, obesidade e consumo de alimentos ultraprocessados e o valor de crianças com obesidade grave se manteve estável. No ano de 2020, o número de crianças com obesidade grave aumentou e o consumo de ultraprocessados reduziu. Por fim, no ano de 2021, houve aumento nos casos de obesidade, bem como no percentual do consumo de ultraprocessados. Considerações Finais: As crianças de cinco a nove anos de Pernambuco apresentaram elevado consumo de alimentos ultraprocessados e alto percentual de excesso de peso, no período que antecedeu e durante os primeiros anos da pandemia.