Objetivo: Este estudo investigou a prevalência de insegurança alimentar (IA) entre estudantes da rede pública de ensino de Nova Iguaçu em 2024. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritivo, de corte transversal, realizada em cinco escolas municipais, com a participação de 81 responsáveis pelos alunos. A coleta de dados foi realizada por meio de questionários estruturados e da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), visando avaliar aspectos sociodemográficos e a presença de IA nos domicílios. Resultados e Discussão: Os resultados apontaram que 77% das crianças enfrentam algum grau de IA, sendo 51,7% classificados com IA leve, 12,6% com IA moderada e 10,3% com IA grave. Fatores como baixa renda familiar, desemprego e características sociodemográficas foram determinantes para a maior prevalência de IA, especialmente em famílias com crianças do sexo masculino. A IA foi associada a impactos negativos no crescimento, desenvolvimento cognitivo e no desempenho escolar das crianças. O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) revelou-se essencial para mitigar a IA, garantindo o acesso a refeições nutritivas. Contudo, persistem desafios, como práticas alimentares inadequadas no ambiente escolar e o limitado acesso a alimentos saudáveis em casa. Considerações Finais: Conclui-se que o fortalecimento do PNAE, por meio de políticas públicas mais robustas, maior fiscalização, ampliação de recursos e ações educativas contínuas, é crucial para promover a segurança alimentar e nutricional. Além disso, o incentivo ao uso de alimentos regionais e in natura é recomendado como estratégia para melhorar a qualidade da alimentação escolar. Pesquisas futuras são necessárias para ampliar o entendimento das dinâmicas familiares e regionais associadas à IA.