Objetivo: O objetivo deste estudo é explorar as diversas abordagens na ingestão de corpos estranhos (ICE) em pacientes pediátricos, sobretudo nas emergências, destacando os sinais, sintomas, repercussões agudas e possíveis complicações associadas. Metodologia: Foi realizada uma revisão da literatura entre os anos de 2010 e 2024 nas bases de dados Embase, PubMed e BVS, utilizando os descritores “Foreign Bodies”, “Endoscopy, Gastrointestinal” e “Pediatric Emergency Medicine”. Foram encontrados 965 artigos, dos quais, 24 foram usados e atenderam aos critérios de inclusão. Resultados e discussão: A ICE no âmbito da emergência pediátrica, embora muito frequente, raramente necessita de abordagem cirúrgica. Para seu manejo, a individualização do paciente é essencial e pode incluir tanto uma abordagem de retirada, quanto uma conduta expectante, baseados principalmente na anamnese e nos exames de imagem. Dentre os diversos objetos frequentemente ingeridos, destacam-se moedas, brinquedos e pilhas, sendo que essas últimas representam as de maior risco de causar lesões graves devido às suas características químicas e potencial de corrosão, embora a maioria das ICE seja de retirada emergencial. Considerações finais: A revisão destaca que a ICE por crianças exige um manejo claro e eficaz, adaptado às características individuais do paciente e do objeto ingerido. A variabilidade dos protocolos pediátricos destaca a necessidade de diretrizes unificadas e concisas. O monitoramento em casos não cirúrgicos é crucial, e a escolha apropriada dos exames de imagem é fundamental para um diagnóstico preciso.