Objetivo: Investigar o manejo atual e novas terapias para o tratamento da púrpura trombocitopênica idiopática (PTI), explorando alternativas para reduzir as taxas de recaídas associadas aos tratamentos de primeira e segunda linha. Metodologia: Foi realizada uma revisão narrativa da literatura entre 2010 e 2024, nas bases de dados Pubmed, Embase e BVS, utilizando os descritores “Purpura, Thrombocytopenic, Idiopathic”, “Therapeutics” e “Disease Management”. Foram encontrados 12.876 artigos, dos quais foram incluídos apenas revisões sistemáticas, ensaios clínicos e meta-análises, excluindo-se duplicatas, estudos em animais e associação da PTI a outras comorbidades, obtendo-se 24 artigos que melhor atenderam a esses critérios. Resultados e discussão: O tratamento da PTI visa manter uma contagem de plaquetas que previna hemorragias graves. A primeira linha consiste em corticosteroides, imunoglobulinas intravenosas (IVIg) e imunoglobulina anti-D (anti-D), eficazes em 70-90%, mas com recaídas frequentes e efeitos colaterais significativos. Para casos refratários, a segunda linha inclui esplenectomia, rituximabe e agonistas do receptor de trombopoetina (TPO-RAs). A esplenectomia tem alta resposta inicial, mas é menos usada devido aos riscos e alternativas mais seguras. Rituximabe, um anticorpo monoclonal, é eficaz em 60% dos pacientes, mas com baixa remissão sustentada. Os TPO-RAs são eficazes em 60% dos casos para promover remissões sustentadas. Novas abordagens incluem combinações como micofenolato mofetil com glicocorticoides e fostamatinib, um inibidor da tirosina quinase do baço (SyK). O ácido all-trans-retinóico (ATRA), combinado com rituximabe, mostrou melhores resultados. Ciclosporina mostrou segurança e eficácia promissoras em casos refratários. O Rilzabrutinib, inibidor oral da tirosina quinase de Bruton (BTK), mostrou respostas rápidas e efeitos adversos leves, sendo promissor. Considerações finais: O tratamento da PTI avançou com novas terapias promissoras, mas são necessários estudos mais amplos e rigorosos para compreender a refratariedade e otimizar os tratamentos, garantindo remissão completa (RC), segurança, eficácia e qualidade de vida dos pacientes.