Objetivo: Analisar a violência contra crianças e adolescentes no Brasil, destacando o papel dos profissionais da Atenção Básica à Saúde (ABS) no enfrentamento dessa problemática e reforçando a necessidade de ações integradas e humanizadas para a proteção integral prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Metodologia: Foi realizada uma revisão integrativa de literatura, utilizando critérios rigorosos para seleção e análise de artigos publicados nos últimos cinco anos. As fontes incluíram bases científicas reconhecidas, e os dados foram avaliados com enfoque nas formas de violência, fatores associados e estratégias de enfrentamento. Resultados e Discussão: Os resultados indicam que a violência contra crianças e adolescentes ocorre predominantemente no ambiente doméstico, sendo geralmente praticada por familiares ou conhecidos. As formas mais comuns incluem abuso físico, psicológico, sexual, negligência e abandono, com fatores como vulnerabilidade socioeconômica e instabilidade familiar desempenhando papéis centrais. O enfrentamento à violência exige uma abordagem multiprofissional e intersetorial, incluindo notificação obrigatória de casos, fortalecimento das redes de apoio, protocolos institucionais, e acompanhamento psicológico das vítimas. A capacitação de profissionais e a abordagem do tema durante a formação acadêmica são fundamentais para melhorar o atendimento e ampliar a conscientização. Considerações Finais: A violência contra crianças e adolescentes é um problema de saúde pública com múltiplas causas, exigindo atenção integral e a implementação de estratégias coordenadas que envolvam diferentes setores da sociedade. A garantia de direitos e a proteção integral a essa população exige ações coordenadas e humanizadas, com profissionais capacitados e políticas públicas efetivas.