Objetivo: Este trabalho teve como objetivo avaliar o impacto das práticas de alimentação complementar na prevenção da obesidade infantil, considerando a influência dos padrões alimentares, dos métodos de introdução alimentar e a introdução precoce de alimentos sólidos em dietas de bebês. Metodologia: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura em bases de dados como Scielo, Lilacs e PubMed, priorizando estudos dos últimos cinco anos sobre obesidade infantil e introdução alimentar. Os principais termos e descritores utilizados para a pesquisa foram “obesidade infantil”, “alimentos industrializados”, “aleitamento materno” e “alimentação complementar”. Resultados e Discussão: A análise de dados evidenciou que práticas inadequadas de alimentação complementar, como o consumo de alimentos ultraprocessados, calóricos e/ou com adição de açúcares antes dos dois anos de idade, estão associadas ao ganho de peso rápido e excessivo e ao aumento do risco de obesidade infantil. Por outro lado, a introdução de alimentos de qualidade e balanceados, além da continuidade do aleitamento materno, apresentam efeitos protetores significativos. Ademais, alguns estudos apontaram que o Baby-Led Weaning (BLW), também conhecido como desmame guiado pelo bebê, pode ser mais eficaz para manter o peso saudável durante a infância quando comparado aos métodos de introdução alimentar tradicionais, por exemplo a papinha. Considerações Finais: Práticas alimentares adequadas, como o aleitamento materno exclusivo até seis meses e a introdução de alimentos sólidos saudáveis são essenciais para reduzir o risco de obesidade em crianças. Entretanto, estudos longitudinais são recomendados para aprofundar a compreensão dos efeitos dessas práticas a longo prazo.