Objetivo: Estudos revelam que problemas de saúde mental materna, como depressão e ansiedade, durante a gestação e no pós-parto podem influenciar negativamente o desenvolvimento cognitivo, comportamental, socioemocional e nutricional das crianças; apresentando problemas de comportamento e dificuldades de adaptação social e emocional da prole. Metodologia: Este capítulo se trata de uma revisão integrativa da literatura utilizando os descritores “Children”, “Maternal Depression”, “Depression”, “Postnatal”, “Dysphoria”, “Impacts”, e os boleadores “OR” e “AND”, que abrangeu artigos científicos publicados entre 2014 e 2024 nas bases de dados PubMed e Periódicos CAPES. Foram identificados 32 artigos, e após aplicação de critérios de exclusão, 15 foram selecionados. Resultados e discussão: Os achados sugerem que os sintomas depressivos maternos, tanto antes quanto depois do parto, estão associados a um desenvolvimento mais pobre no bebê; além de exercerem efeitos negativos sobre o vocabulário e habilidades comunicativas; a depressão e a ansiedade maternas perinatais foram associadas a um pior desenvolvimento socioemocional, cognitivo, motor fino e grosso, e de comportamento adaptativo, o que pode se estender até a adolescência, bem como pode estar associada ao desenvolvimento de transtornos como depressão e ansiedade nessa faixa etária; ademais, os sintomas depressivos foram associados a um maior consumo alimentar infantil e um maior Índice de Massa Corporal (IMC); também houve associação com a alteração da anatomia cerebral. Considerações finais: As evidências sugerem, portanto, a importância de um acompanhamento multidisciplinar durante a gestação e o pós-parto, a fim de garantir tanto o bem-estar mental das mães quanto o desenvolvimento saudável das crianças. A implementação de políticas de saúde que incluam suporte psicológico e intervenções sociais se mostra essencial para minimizar os impactos desses fatores de saúde mental materna no desenvolvimento infantil.