Objetivo: A presente revisão tem o objetivo de analisar os principais achados acerca da utilização da fitoterapia para o alívio sintomático ou tratamento de infecções respiratórias inferiores em crianças, as quais configuram-se como frequente motivo de internação hospitalar em pediatria mundialmente. Metodologia: Foi realizada a coleta de artigos bibliográficos através das bases de dados indexadas considerando os descritores “Fitoterapia”, “Pediatria”, “Crianças” e “Pneumonia” e critérios de inclusão de Texto Completo, Últimos 5 anos e Idiomas Inglês, Português e Espanhol. Após a leitura e revisão dos artigos pelas autoras, bem como a reavaliação de um terceiro autor, foram selecionados 8 artigos para compor o presente trabalho. Resultados e Discussão: Todos os artigos que analisaram os efeitos comparativos do uso combinado de ervas medicinais e antibióticos com a administração unicamente da antibioticoterapia usual, evidenciaram resultados significativos para a associação fitoterápica, mais eficazes na taxa de resposta e tempo de desaparecimento de sintomas. Esses fitoterápicos eram, predominantemente, produtos que continham mais uma planta chinesa, como o pó Yinqiao, que apresentou melhores taxas de eliminação bacteriana e incidência de efeitos adversos, em relação à medicina ocidental, no seu respectivo estudo. Além disso, uma meta-análise que avaliou o uso de fitoterápicos em crianças com COVID-19, demonstrou eficácia significativa de uma decocção e de grânulos de plantas chinesas na redução dos sintomas, com tendência de reduzir a incidência de pneumonia grave. Outros estudos demonstram diversas outras opções fitoterápicas chinesas com a mesma propriedade redutora de sintomas de doenças respiratórias. Considerações finais: É notório que há uma variedade de produtos fitoterápicos usados em infecções respiratórias inferiores em crianças, e que, apesar de eficazes, possuem efeitos adversos pouco estudados. Nesse contexto, pode ser verificada uma falta de incentivo acerca de estudos dentro da temática, evidenciando-se também na carência de pesquisas com plantas brasileiras.