Objetivo: Este capítulo aborda o Transtorno do Espectro Autista (TEA), um transtorno neurodesenvolvimental com dificuldades na comunicação e interação social, além de comportamentos restritivos e repetitivos. A prevalência global do TEA varia de 0,5% a 3,1%, sendo mais comum em meninos. A identificação precoce, especialmente na infância, é essencial devido à plasticidade cerebral, permitindo melhores respostas às intervenções. Metodologia: O estudo, uma revisão integrativa da literatura, analisou artigos publicados entre 2019 e 2024, com foco no diagnóstico e manejo do TEA na infância, com ênfase nas comorbidades, como o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) e epilepsia. Resultados e discussão: Os resultados mostram que o diagnóstico precoce e uma abordagem multidisciplinar personalizada são fundamentais para melhorar os prognósticos, além de reforçar a importância do acompanhamento contínuo. A pesquisa também destaca a influência de fatores ambientais no desenvolvimento do TEA, como hipertensão gestacional, nascimento prematuro e alergias infantis, sugerindo que cuidados obstétricos adequados podem reduzir os impactos do transtorno. A saúde materna, incluindo a exposição a antibióticos durante a gestação, também foi identificada como um fator de risco. Outro achado importante foi a relação entre experiências adversas na infância, como separação parental, e o impacto nas interações sociais e no desempenho acadêmico das crianças com TEA. Além disso, o estudo indica que os transtornos alimentares são comuns em crianças com TEA, sendo necessária uma gestão nutricional que envolva a família e utilize ferramentas de avaliação dietética. Considerações finais: Em síntese, o capítulo reforça a necessidade de uma abordagem integrada e contínua no manejo do TEA e TDAH, considerando aspectos biológicos, ambientais e sociais, com foco no diagnóstico precoce, intervenções personalizadas e acompanhamento regular.