Objetivo: Evidenciar os mecanismos biológicos e anatômicos do enxerto de gordura em feridas escleróticas e cicatrização, sistematizando os processos fisiológicos envolvidos nessa técnica. Metodologia: Realizou-se uma revisão de literatura cujo foco gira em torno do tema: Enxerto de gordura em feridas escleróticas e cicatrização. Desse modo, foi utilizada a base de dados do PubMed para seleção dos artigos, com o auxílio dos operadores booleanos ? ?AND`` e ? ?OR`` e dos seguintes Descritores em Ciência da Saúde (DeCS): ´´lipograft``, ? ?fat graft``, ? ?cicatricial tissue`` e ? ?sclerotic tissue``. Foram obtidos 48 artigos e em seguida aplicado os critérios de inclusão de período de publicação entre 2014 e 2024 (últimos dez anos), 7 artigos foram selecionados na produção dessa revisão, todos coerentes ao tema, em língua inglesa e publicados nos últimos dez anos. Resultados e Discussões: Foram analisados diversos estudos independentes relacionados ao uso de lipoenxertia no tratamento de lesões e cicatrizes devido à esclerodermia sistêmica, uma doença que reduz a vascularização das regiões afetadas e reduz a quantidade de tecidos moles. As áreas abordadas foram face, dedos e pálpebras, sendo também analisado como o enxerto de gordura influencia o fluxo sanguíneo do sítio receptor e se há diferenças nos diferentes tipos de extração de gordura. A partir disso foi possível conduzir uma discussão mais aprofundada acerca da relevância significativa desse tema para a medicina atual. Considerações Finais: Embora mais pesquisas sejam necessárias para confirmar os efeitos a longo prazo e aprimorar as melhores práticas, os resultados atuais indicam que a lipoenxertia pode, no futuro, substituir algumas abordagens terapêuticas convencionais no manejo de feridas escleróticas, especialmente devido ao seu caráter minimamente invasivo e seus benefícios funcionais e estéticos significativos.